segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pontos de Vista!!!


Por vezes quando achamos que estamos no fundo do vale, verificamos que afinal, estamos no cima da montanha!

domingo, 28 de setembro de 2008

Sinfonia dos tempos modernos...

O avião tinha aterrado no aeroporto de Barcelona, há poucos minutos. Chegados ao local de desembarque, a manga encostou e as portas abriram-se. Todo o silêncio e pacatez que acompanhava a viagem, de repente terminou. As pessoas, rapidamente, levantaram-se dos lugares e começaram a pegar nas suas malas de mão e a ligarem os seus telemóveis...

E foi a partir deste momento que começou uma verdadeira sinfonia dos tempos modernos!!! De um momento para outro, o avião ficou inundando de pequenos sons de aviso de sms a chegar. Há-os para todos os gostos. A verdade é que á medida que aqueles sons se vão apoderando da atmosfera, também o semblante das pessoas muda. Todo aquele frenesim, momentaneamente desaparece. Todos param para ler a sua sms! Se bem que muitos, ao verificarem que não receberam uma, voltam ao que estavam a fazer mantendo a mesma expressão anterior; outros há, que levantam a cabeça com um sorriso na boca. E esses emprestam um novo ar aquele momento. Já fiz, algumas viagens de avião, mas esta foi a primeira vez que reparei neste pormenor....e foi giro!

Confesso que devo ter sido dos últimos a ligar o meu telelé, e também confesso, que após tanto tanto com o dito desligado, lá esperava a minha sms.... E lá chegou!!! :)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Palavras Soltas...

Sou o que não falava,
Gosto do que Sonhava,
Amo o que amei
Caminho por onde não sei!

Chegou de mansinho,
Desbravei caminho,
Mas o que me pertenceu,
Depressa se fez seu!

E o que conhecia
Fez-me sentir que merecia.
Pincelou-me de verdade
Deixou-me a saudade!

Espero o amanhecer
Que faz desaparecer
Este meu sofrer;
Para de novo merecer,
Um novo Acontecer!

Fitando o horizonte
Busco de novo a Fonte
Que matou a sede minha
Naquela noite, Rainha!

domingo, 21 de setembro de 2008

Encontros e Desencontros!

Estava eu desencontrado da vida, quando uma vez mais, subia as ruas de Lisboa em direcção a um dos meus locais preferidos - o miradouro da Graça. Desta vez seguia por um caminho diferente quando, numa encruzilhada de ruas me surgiu a dúvida sobre qual o melhor caminho, resolvi perguntar a quem passava. Era um senhor na casa dos 40 que me responde com outra pergunta:

- Você é do Norte?
Respondi que sim, que era de Braga, pensando cá para mim: nota-se?

Em cerca de dez minutos, o homem contou-me uma parte da sua vida! Tinha uma filha a viver em Braga. Mostrou-me um vídeo que tinha feito, com o telemóvel, quando a fora visitar; e começou a cantarolar todas as terrinhas que conhecia no Minho e Douro Litoral. E eu que só queria ir até á Graça!!! Confesso que aquele momento até estava a ser engraçado. É sempre bom ouvir falar bem da nossa terra.

No final o senhor lá caiu em si e indicou-me o melhor caminho. Mas antes de me deixar ir embora, lá me deu um lamiré sobre a história da Igreja da Graça! Mais uma vez fui todo ouvidos e acabei por descobrir que foi mandada erigir por D. Afonso Henriques em meados do séc. XII. Não fazia ideia que a igreja fosse tão antiga!

No final, lá se desculpou por ter tomado o meu tempo e disse-me, já descendo a rua:

- Obrigado, por me ter escutado, tenha uma boa noite!
ao qual respondi:
- Ora essa, obrigado, igualmente para si!
Nisto ele volta-se novamente e diz:
- É isto que gosto na gentes do norte, a sinceridade dos seu sentimentos!

Confesso que aquelas palavras, caíram-me muito bem, pois era precisamente o que precisava ouvir nessa noite. Continuei a subir a rua em direcção ao meu destino, pensando cá para mim: que todos temos as nossas necessidades de atenção, e que o mais simples dos dizeres, pode encher-nos de alegria!

É nestes pequenos momentos que percebemos, que quando estamos com os nossos amigos, também nos esquecemos muitas vezes, de lhes dizer quanto eles são especiais para nós!

sábado, 20 de setembro de 2008

Miradouros de Lisboa!


Muitas vezes precisamos de pensar e ter um cantinho só para nós. Uns precisamos de sítios recatados e sem barulho, outros do barulho dos cafés. Eu em vez de um, arranjei três!!! São três miradouros em Lisboa: o miradouro da Graça, o miradouro da Nossa Senhora do Monte e o da Penha de França. Em todos eles encontro uma força inspiradora, uma energia extremanente positiva.

Além da fantástica vista que oferecem sobre a cidade de Lisboa, permitem-me ao mesmo tempo ver o que mais gosto, os aviões que se dirigem para o aeroporto.

Olhando para a cidade, vejo nela todo o seu esplendor, a sua história, os momentos que tenho vivido nela.... (já lá vão 10 anos!!). O intrincado das suas ruas, lembra-me a complexidade das relações humanas.

Se bem que começo a ver Lisboa pelas ruas que mais próximas estão do meu olhar, aos poucos dou por mim a percorrê-las em direcção ao Tejo. Parece que todos os caminhos vão dar ao Tejo, e na verdade vão!!! É engraçado ver, ao longe, toda a dinâmica do rio. Ao longe, porque aprendi que, por vezes na vida, é a distância que cura e acaba por unir as pessoas. Não é essa função das pontes que atravessam o rio, unir-nos?

Olhando para o pilar norte da 25 de Abril, vemos muitas vezes, ao longe os aviões que estão em aproximação à capital. Inicialmente olhava para eles e via apenas o seu exterior, mas com o tempo fui mudando a minha percepção sobre eles. Comecei por vê-los como um meio de transporte que trazia nele cerca de 200 a 300 pessoas.

Ainda hoje acho incrível, o feito de voar! É incrível a sensação de dominar uma máquina pelo éter - o espaço outrora dominado pelo deuses e figuras mitológica e agora percorrido pelos afortunados! Mas a descrição dessa beleza fica para "o futuro que há de vir"!

Continuando.... Mas olhar para as pessoas como um todo acaba por desumaniza-las, descontextualiza-las e retirar-lhes importância. Certo dia, num daqueles momentos em que buscava inspiração, dei por mim a olhar não só os aviões que chegavam, mas também a olhar para o seu interior e a ver não um grupo de pessoas, mas uma vida de cada vez. Dei por mim a observar toda a panóplia de situações que vem ali agrupada: desde pessoas que regressam de uma viagem e estão ansiosas por reaver os seus ente-queridos, ás pessoas que se encheram de coragem e decidiram partir á descoberta e reformular as suas vidas.

E foi estas que dei por mim a admirar. Sim, porque é necessária uma enorme dose de coragem e força de vontade, para largar a família, os amigos e partir em direcção ao desconhecido. Na verdade eles são verdadeiros Intrépidos que procuram dobrar o Cabo das Tormentas e encontrar o Reino dos Preste João. O querer ir mais além, foi sempre um sentimento que dominou o Homem, mais que tudo acho que é um verdadeiro Dom; e muitas vezes não sabemos aproveitá-lo!

Para muitos, chegar a Lisboa é o começar de um novo ciclo, de uma nova fase. E é o que sinto neste momento, que estou agora a começar uma nova fase. Não porque queira romper com o passado, mas porque o que vinha vivendo se transformou. Se em algum momento me senti na escuridão, foi ao olhar para as janelas desses aviões e ver-me através delas, que percebi que uma amizade pode ser abalada, mas não morre quando está bem alicerçada!

Normalmente, quando me dirijo a um deste miradouros, vou pensativo e com um olhar cabisbaixo. Mas é engraçado, que desde o momento em que me debruço sobre um dos seu beirais, dou por mim, á medida que o olhar percorre Lisboa, a erguer a cabeça e a desejar o Mundo!

Na verdade, hoje sinto que «I can see clearly now» e agradeço, genuínamente e do fundo do meu coração, a quem nos últimos anos e principalmente neste últimos meses teve a paciência de aturar-me, como sou e pelo que sou. E também porque, juntando os seus tijolos ao meus, contribuiu para erguer-me no Mundo.

"Obrigado amigos!!"

I can see clearly now



I can see clearly now, the rain has gone
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day

I think I can make it now, the pain has gone
All of the bad feelings have disappeared
Here ist the rainbow I`ve been praying for
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day

Look all around, there`s nothing but blue sky
Look straight ahead, nothing but blue sky

Johnny Nash (1972)

http://br.youtube.com/watch?v=XtiXiYMS86U

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Música, uma linguagem universal!

No primeiro dia de aulas de inglês do meu sétimo ano, a professora pediu-nos para fazer-mos uma composição subordinada ao tema - Música, uma linguagem universal!

Lembro-me de ficar uns quantos minutos a pensar no assunto, sem que me ocorresse algo para dizer. Acabei por escrever um pequeno texto sem sentido para mim.

Porém devido aos caminhos que a vida toma, há uns dias atrás lembrei-me desse dia de aulas, quando ao ouvir certas músicas que passavam no rádio ou em filmes, as senti escritas para mim.

Foi nessa altura que compreendi verdadeiramente a linguagem da Música, todo o ritmo que acompanha a letra. É verdadeiramente fantástico poder sentir cada palavra como uma mensagem pessoal, um sentimento vivido!

Quantas vezes não nos sentimos capazes de nos fazermos ouvir e expressar, apenas, através da música?

Pois bem, a música é uma linguagem universal, precisamente porque é a linguagem com que fala ao CORAÇÃO!!! E o coração só conhece uma linguagem. A linguagem do AMOR

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aquela Gota

Aquela gota, é um título que nasceu de uma sms: (...Tu és aquela gota no oceano...). Significa a busca daquela gota de água doce no meio dos oceanos. Aquela gota que se diferencia de todas as demais, simplesmente porque é a mais doce, no meio de toda aquela Água de Sal! Aquela gota que nos faz sentir especiais, porque encontramos algo que nos é único e nos sacia e alimenta. Aquela gota que nos faz sentir que agora sim, temos tudo, porque antes, não tínhamos nada!

Quem sou?

Quem sou?
Não sei...
Todos os dias me surpreendo
Vejo-me pelos teus olhos
E descubro-me!

Quem sou?
Não sei...
Sou o que me mostras!
Sou o somatório do que fui.

Quem sou?
Não sei...
Construo-me todos os dias.
Acrescento mais um tijolo,
Ergo-me no Mundo,
És o meu suporte!

Quem sou?
Já sei!
Sou o significado,
De quem me é significante.
Sou tudo e não sou nada,
Sou simplesmente eu!